Saltar para o conteúdo
Novembro 7, 2010 / renatodga

(draft) Lifelog | lifeloggers | lifebloggers | flog

I can imagine all the electronic information in my life collected into one beam, or (equivalently) one flowing stream. Every electronic document: every email, photo, draft, URL, audio, video, calendar or address note, and so on. Life is a series of events in time — a timeline with a past, present and future.” David Gelernter

Genericamente o termo lifelog ou flog, é usado para descrever um sistema de armazenamento que pode automaticamente e persistentemente gravar e arquivar toda a existência de um indivíduo, criando uma base de dados que contém tudo o que foi dito, visto ou feito por esse indivíduo (as chamadas telefónicas efectuadas, as revistas que lê, os programas de TV que vê, os e-mails recebidos,…). É nada mais, do que uma memória digital (quase) perfeita de um indivíduo, passiva de ser explorada e pesquisada.

Em meados da década de 1980, Ted Nelson começou por gravar todas as conversas que tinha, independentemente da sua importância e do local onde decorriam. Na década de 90, Steve Mann do MIT equipou-se com uma câmara, que gravava a sua vida quotidiana, e desde então tem vindo a aperfeiçoar e a criar equipamentos cada vez mais reduzidos que efectuem essa tarefa de gravação e registo da sua vida diária (imagem inferior).

Ben Lipkowitz também seguindo o conceito de lifelogging começou a registar (desde 11 de Maio de 2005) todas as suas actividades criando o que poderá ser chamado de um histórico da sua vida nestes últimos cinco anos. Ele sabe que livros leu, que objectos comprou e o quanto comeu e gastou.

Gary Wolf, autor do artigo “The Data-Driven Life” do New York Times diz o seguinte:

“Our only method of tracking ourselves was to notice what we were doing and write it down. Then four things changed. First, electronic sensors got smaller and better. Second, people started carrying powerful computing devices, typically disguised as mobile phones. Third, social media made it seem normal to share everything. And fourth, we began to get an inkling of the rise of a global superintelligence known as the cloud.”

O fenómeno de redes sociais como o Facebook, de sites como o Delicious e de aplicações como Foursquare ou o Drinking Diary, poderá tornar a realidade do lifelogging mais próxima de nós. O elemento de partilha já está implícito: partilhamos pensamentos, sites, referências, os lugares onde vamos, o que fazemos e com quem estamos… algo a que se dá o nome de Life Caching. Será o lifelogging o passo seguinte?

Referências

  1. Wolf, Gary (28 de Abril, 2010). “The Data-Driven Life”. The New York Times.
  2. Shachtman, Noah. (02 de Abril, 2004). “Pentagon Kills LifeLog Project”. Wired Magazine.
  3. Kelly, Kevin (21 de Fevereiro, 2007). “The Technium: Lifelogging, An Inevitability”
  4. Schofield, Jack (18 de Agosto, 2004). “How to save your life”The Guardian (London).
  5. Schofield, Jack (21 de Fevereiro, 2007). “Life caching revisited — Gordon Bell’s digital life”The Guardian (London).

Conceitos relacionados

Self-tracking | Life Caching | Sharing | Wearable Computer

Renato Amaral

Deixe um comentário